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A Avaliação Psicológica é um processo técnico e científico que investiga fenômenos

psicológicos por meio de métodos, técnicas e instrumentos específicos. Conforme a


Resolução CFP nº 9/2018, ela orienta decisões individuais, em grupos ou instituições,
e envolve o uso de ferramentas reconhecidas cientificamente, como testes
psicológicos, entrevistas e observações.
Diferente da avaliação como um todo, a testagem psicológica é apenas uma das etapas
desse processo, focada na aplicação de testes. A Avaliação Psicológica ajuda a
entender características psicológicas de pessoas ou grupos, auxiliando na formulação
de hipóteses sobre seu comportamento ou desempenho. No entanto, como o
comportamento humano é complexo, a avaliação não pode prever com certeza
absoluta como alguém agirá. Ainda assim, por ser baseada em métodos científicos,
oferece maior confiabilidade que opiniões leigas.
Os princípios éticos que guiam a Avaliação Psicológica seguem o Código de Ética do
Psicólogo, destacando a responsabilidade, o uso de técnicas cientificamente
embasadas, e a prestação de serviços de qualidade. O Art. 9º reforça a obrigação de
proteger o sigilo profissional, garantindo a confidencialidade das informações obtidas.
O Art. 18 proíbe a divulgação ou comercialização de técnicas psicológicas para
não-profissionais, evitando o uso indevido desses recursos.
Além dessas orientações éticas, o psicólogo deve seguir outras normas, como a
Resolução CFP nº 9/2018, que regulamenta a Avaliação Psicológica e o uso de
instrumentos aprovados pelo SATEPSI. A Resolução CFP nº 6/2019 estabelece
diretrizes para documentos escritos por psicólogos, e as Resoluções nº 11/2018 e nº
4/2020 tratam das avaliações realizadas online.
As competências necessárias para realizar uma Avaliação Psicológica estão listadas na
Resolução CFP nº 18/2019, que destaca a importância de entender o caráter contínuo
da avaliação, dominar psicopatologia e psicometria, além de ser capaz de interpretar e
comunicar resultados de forma clara.
Os passos para realizar uma Avaliação Psicológica incluem: definir os objetivos,
coletar informações, integrar os dados, formular hipóteses, responder às questões que
motivaram a avaliação e elaborar documentos escritos conforme as diretrizes éticas e
normativas.
Nas avaliações mediadas por Tecnologia da Informação e Comunicação (TICs), o
psicólogo deve seguir as mesmas diretrizes éticas aplicadas às avaliações presenciais.
Entretanto, deve considerar os desafios específicos da avaliação remota, como a
influência de fatores externos (uso de celular ou a presença de outras pessoas) que
podem comprometer os resultados.
O psicólogo deve estar registrado no Conselho Regional de Psicologia (CRP) para
realizar atendimentos à distância, seguindo as Resoluções CFP nº 11/2018 e nº 4/2020.
O uso de instrumentos psicológicos também deve estar de acordo com as normas
vigentes e ser aprovado pelo SATEPSI, conforme a Resolução CFP nº 9/2018.
A American Psychological Association (APA) sugere boas práticas para
avaliações remotas, como:
● Treinar previamente os procedimentos remotos;
● Monitorar as sessões por meios audiovisuais;
● Garantir conexões seguras e estáveis;
● Considerar as condições específicas do cliente (idade, saúde mental, etc.);
● Assegurar que o ambiente esteja livre de distrações e confirmar a identidade da
pessoa;
● Informar o cliente sobre as limitações da avaliação remota.

Esses cuidados são essenciais para garantir uma avaliação ética e eficaz à distância.
Por fim, a avaliação psicológica pode ser feita de forma coletiva ou individual, sendo
ambas eficazes, dependendo do tempo disponível, número de pessoas envolvidas e o
objetivo da avaliação. O psicólogo tem autonomia para escolher o melhor método,
desde que siga as normativas. Os documentos resultantes da Avaliação Psicológica são
o atestado psicológico e o laudo psicológico, conforme a Resolução CFP nº 6/2019.
Ambos são técnicos e científicos, usados para embasar decisões relacionadas à
demanda da avaliação.

Estrutura de um Laudo Psicológico


De acordo com a Resolução CFP nº 6/2019, o laudo psicológico deve conter os
seguintes tópicos:
● Identificação: título do documento, dados do beneficiário e solicitante da
avaliação, finalidade do laudo e identificação do autor.
● Descrição da demanda: informações sobre o que motivou a avaliação,
incluindo a origem das informações e as demandas apresentadas.
● Procedimento: explicitação dos métodos e técnicas utilizados, com referência
ao referencial teórico-metodológico.
● Análise: descrição objetiva e metodológica dos dados coletados, considerando
a complexidade da demanda e o caráter dinâmico da avaliação psicológica.
Evitar descrições literais das sessões, a menos que sejam tecnicamente
justificadas.
● Conclusão: encaminhamentos, diagnóstico, prognóstico, evolução do caso e
sugestões de intervenção, baseadas na análise.
● Referências: preferencialmente em notas de rodapé ao longo do documento.
● A clareza, coerência e fundamentação teórica são essenciais na elaboração de
um laudo psicológico, garantindo que ele atenda às necessidades da demanda e
forneça elementos confiáveis para a tomada de decisões.

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