LIMITES E PRINCÍPIOS ETICOS DA AVALIAÇÃO PSICOLOGICA

Limites e princípios éticos da
Avaliação Psicológica:
competências do psicólogo e
recomendações do CFP
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A avaliação psicológica é uma prática fundamental no campo da psicologia, envolvendo a
aplicação de técnicas e instrumentos para compreender e analisar o comportamento,
cognição e emoções de indivíduos. No entanto, essa prática está sujeita a limites e
princípios éticos, delineados por competências específicas do psicólogo e diretrizes
estabelecidas pelo Conselho Federal de Psicologia (CFP, 2022) no Brasil.
Os limites éticos na avaliação psicológica são fundamentados pela necessidade de

proteger a dignidade, privacidade e bem-estar dos avaliados. Sendo assim, o psicólogo
deve assegurar a confidencialidade das informações obtidas durante o processo e garantir
que a avaliação seja realizada de maneira justa e imparcial, sem discriminação de
qualquer natureza.
As competências do psicólogo na avaliação incluem a habilidade de selecionar e aplicar

testes e instrumentos adequados, interpretar resultados de maneira precisa e ética, além
de integrar informações obtidas de diversas fontes. A clareza na comunicação dos
resultados e a promoção da compreensão por parte do avaliado são aspectos essenciais
das competências do psicólogo nesse contexto.
O CFP (2022) estabelece diretrizes específicas para orientar a prática ética na avaliação
psicológica, dentre elas a importância da obtenção de consentimento informado por parte
do avaliado, esclarecendo os objetivos da avaliação, os métodos a serem utilizados e os
possíveis impactos dos resultados. Além disso, o psicólogo deve garantir que o ambiente e
as condições durante a avaliação sejam apropriados, respeitando a diversidade cultural e
individual.
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Além disso, a coleta, armazenamento e divulgação de informações resultantes da
avaliação devem ser feitas de maneira ética, evitando a exposição desnecessária do
avaliado e preservando a confidencialidade. O profissional também deve zelar pela
validade e confiabilidade dos instrumentos utilizados, considerando seu contexto de
aplicação e as características do indivíduo avaliado.
A relação entre o psicólogo e o avaliado é pautada pela responsabilidade e respeito

mútuo, assim, é devem do profissional manter uma postura ética, evitando influências
externas que possam comprometer a objetividade da avaliação. Outro ponto importante e
que deve ser respeitado é que o psicólogo deve estar sempre atualizado sobre as normas
éticas vigentes, buscando supervisão quando necessário.
O CFP (2022) recomenda que o psicólogo esteja atento aos seus próprios limites de
competência, buscando formação adicional quando necessário e, se for o caso,
encaminhando o avaliado para profissionais mais especializados, uma vez que a ética na
avaliação psicológica também envolve a contínua reflexão sobre práticas e a busca por
aprimoramento profissional.
Neste cenário, a avaliação psicológica demanda a aplicação de princípios éticos sólidos,

considerando a proteção dos direitos e dignidade do avaliado. Além disso, os limites
éticos, aliados às competências do psicólogo e às recomendações do CFP, formam a base
para uma prática ética e responsável, contribuindo para o desenvolvimento saudável da
psicologia como ciência e profissão.
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Referências
CONSELHO FEDERAL DE PSICOLOGIA. Nota técnica do Conselho Federal de
Psicologia sobre o uso indevido de testes psicológicos. Brasília: CPF, 2013.
______. Resolução Nº 31, de 15 de Dezembro de 2022. Estabelece diretrizes para a

realização de Avaliação Psicológica no exercício profissional da psicóloga e do psicólogo,
regulamenta o Sistema de Avaliação de Testes Psicológicos - SATEPSI e revoga a
Resolução CFP nº 09/2018. Brasília, 2022.
MUNIZ, Monalisa. Ética na Avaliação Psicológica: velhas questões, novas reflexões.

Psicologia: Ciência e Profissão, [S.L.], v. 38, n. 1, p. 133-146, dez. 2018.

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